A tradição de oferecer presentes no Natal tem raízes que remontam à história da Natividade, quando os Três Reis Magos deram ouro, incenso e mirra ao menino Jesus.
Importância histórica
Os romanos tinham a sua própria tradição de oferecer presentes durante a Saturnália, uma festa que começava a 17 de dezembro e se prolongava até ao dia 23.
São Nicolau foi talvez um dos mais famosos doadores de presentes da história do Natal, pois fazia as delícias de crianças e adultos com os presentes surpresa que deixava nos sapatos que ficavam do lado de fora.
No século XIII, muitas freiras francesas faziam e davam presentes aos mais necessitados na véspera de São Nicolau.
No entanto, foi no século XVIII que a oferta de presentes se tornou uma tradição central das festividades natalícias.
Os presentes oferecidos destinavam-se a recordar a viagem do Rei, a dádiva desinteressada de Deus à humanidade e a ajudar os infelizes.
Tradições da Era Vitoriana
Os vitorianos trouxeram calor e espírito ao Natal, tornando a celebração mais familiar. Os pais mais rigorosos divertiam-se com jogos com os seus filhos pequenos, com os corações cheios de caridade e simpatia.
Para os vitorianos, dar um presente era uma expressão de bondade, engenhosidade e alegria.
Uma dessas tradições é a festa da teia de aranha, em que cada membro da família recebe uma cor e é conduzido a uma sala onde se encontram fios de várias cores. A tarefa é encontrar a sua cor, por exemplo, verde, e segui-la para encontrar um pequeno presente.
Hoje em dia, o Natal parece ser só prendas.
Os anúncios de Natal são publicados nos jornais desde 1820 e o Pai Natal (ou Santa Claus) aparece nas lojas desde 1840.
Em 1867, os grandes armazéns Macy's, em Nova Iorque, decidiram ficar abertos até à meia-noite na véspera de Natal para permitir que os clientes fizessem as suas compras de última hora.
Muitos argumentam que o Natal seria incrivelmente diferente sem os muitos anúncios e locais para comprar presentes para os seus entes queridos.
A maior parte dos pais de crianças pequenas não está disposta a eliminar totalmente o que se pode chamar o Natal "gimmicky" ou "comercial", mas isso não é razão para que alguns dos espíritos de feriados passados, como a tradicional diversão Victoria Christmas, não possam ser incorporados na sociedade moderna.